O banco Goldman Sachs revisou para cima o preço-alvo das ações da JBS (JBSS3), estabelecendo a nova meta em R$ 44. O ajuste reflete os resultados financeiros apresentados pela empresa no terceiro trimestre de 2024 (3T24).
Com essa revisão, as ações da JBS apresentam um potencial de valorização de 20,9%, considerando o preço de fechamento da última quinta-feira (28), quando os papéis estavam cotados a R$ 36,38. Diante disso, a recomendação do Goldman é de compra.
Resultados que impulsionaram a revisão
A principal razão para a reavaliação do preço-alvo foi o forte desempenho financeiro da companhia.
A JBS conseguiu multiplicar seu lucro líquido por seis em um ano, saltando de R$ 690,6 milhões no terceiro trimestre de 2023 para R$ 4,2 bilhões no mesmo período de 2024. A Seara foi apontada como um dos pilares desse crescimento expressivo.
Quais desafios a JBS pode enfrentar?
Os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann mantém perspectiva positiva em relação à companhia, mas alertam para alguns desafios que podem respingar as ações da JBS.
Um dos pontos levantados foi o processo de dupla listagem, em que a empresa busca negociar seus papéis na Bolsa de Nova York (NYSE), além da B3 no Brasil.
Desde julho do ano passado, a companhia enfrenta dificuldades para concluir essa etapa, em parte devido à alta concentração acionária da J&F.
Outros fatores de risco incluem:
- Um possível excesso de oferta global de carne de frango, em resposta à retração no mercado de bovinos.
- Demanda internacional por proteínas abaixo do esperado.
- Impactos da volatilidade cambial.
- Concorrência acirrada no segmento de alimentos processados no Brasil.
- Riscos de embargos à exportação, questões sanitárias ou interrupções no comércio global.
- Possíveis disputas jurídicas que possam afetar as operações.
Apesar dos riscos mencionados, o Goldman Sachs acredita que o desempenho recente da JBS reforça o otimismo em relação ao futuro da companhia, justificando a recomendação de compra.
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