O fundo imobiliário VGHF11 apresentou, em seu mais recente relatório gerencial, um resultado passível de distribuição de R$ 17,081 milhões referente a outubro. Trata-se do maior nível dos últimos nove meses, desde janeiro de 2024.
Com base nesse desempenho, o fundo distribuiu rendimentos de R$ 0,09 por cota, equivalente a uma rentabilidade líquida anual de 11,6%, considerando o valor patrimonial da cota em setembro de 2024.
No entanto, o patrimônio líquido do fundo sofreu uma leve redução devido à desvalorização de mercado em sua carteira de FIIs. Com isso, o valor por cota foi impactado em R$ 0,06 no período.
Nos últimos 12 meses, o VGHF11 pagou R$ 1,11 por cota em dividendos. O valor corresponde a uma rentabilidade líquida de 12,8% ao ano, ou IPCA + 8,2%.
Outro ponto positivo foi o aumento no número de investidores, que atingiu 406.957 cotistas em outubro, enquanto a liquidez média diária alcançou R$ 4,1 milhões. Atualmente, 97,9% do patrimônio do fundo está alocado em 151 ativos-alvo, totalizando R$ 1,428 bilhão, com o restante aplicado em instrumentos de caixa.
Estratégias de alocação e oportunidades de mercado
A gestão destacou que as decisões de alocação em outubro foram influenciadas por eventos macroeconômicos e oscilações do mercado.
A queda de 3,06% no índice IFIX criou oportunidades atrativas em setores como logística, escritórios e CRIs indexados à inflação, permitindo ajustes na carteira do fundo.
Nesse contexto, o VGHF11 realizou a venda líquida de CRIs no valor de R$ 73,9 milhões, além da aquisição líquida de R$ 46,6 milhões em FIIs e R$ 11,4 milhões em ações.
Após essas movimentações, a alocação da estratégia “Valor” aumentou de 37,4% para 41,7% do total dos ativos-alvo, enquanto a estratégia “Renda” reduziu-se de 62,6% para 58,3%.
Venda milionária de CRIs e ativos inadimplentes
Entre os destaques do mês, o fundo realizou uma importante venda de CRIs, otimizando sua carteira. Contudo, alguns ativos permanecem inadimplentes.
Desde junho, os CRIs Selina, que representam 1,7% dos ativos do fundo, estão em atraso, embora negociações para regularizar a situação estejam em andamento.
Já o CRI Guaicurus, anteriormente com 0,7% de participação, foi substituído por uma posição indireta em dois terrenos localizados em São Paulo.
Com as mudanças implementadas e o cenário de mercado, a gestão do VGHF11 acredita que as decisões recentes contribuirão para uma geração de valor consistente nos próximos meses.
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